O que fazemos
Monitoramos 24 km de praias compreendidas entre os municípios de Guarapari e Anchieta, protegendo fêmeas, ninhos e filhotes da espécie da Tartaruga-Cabeçuda (Caretta caretta) e também juvenis da Tartaruga-Verde (Chelonia mydas) e Tartaruga-de-Pente (Eretmochelys imbricata), todas ameaçadas de extinção.
No mar, nas áreas de alimentação, realiza trabalho de captura intencional das tartarugas marinhas com objetivo a marcação e estudo de biometria, crescimento, padrões migratórios, perfil hematológico e bioquímico, avaliação da abundância relativa e condição de saúde das tartarugas verdes (Chelonia mydas) que utilizam a área estudada.
Realizamos ações permanentes de sensibilização e educação ambiental no centro de visitantes, Centro de Educação Ambiental (CEA) e fora dele, com usuários de praias, moradores, escolas, pescadores e turistas sobre a importância da conservação das tartarugas marinhas e suas áreas de alimentação e desova para que possam garantir sua sobrevivência.
Finalidades
O IPCMar realiza ações de educação ambiental no Centro de Educação Ambiental (CEA) e fora dele, com o público usuário das praias e crianças da comunidade dentro do Projeto “Aprendendo com os Animais Marinhos”. No CEA possui um espaço para recepção de visitantes, escolas e para realização de atividades de educação ambiental com as crianças, onde elas podem assistir vídeos educativos sobre as espécies marinhas e outros temas de meio ambiente, conhecer a importância da conservação dos animais e de seus habitats, onde também podem realizar atividades de pintura e leitura. Nessas atividades todos da família podem participar, ajudando a desenvolvendo a consciência ambiental nas crianças. No Projeto “Aprendendo com os Animais Marinhos” onde são ministradas aulas de standup e mergulho livre para as crianças associadas as aulas de educação e sensibilização ambiental.
No Centro de Educação (CEA) do IPCMar os visitantes podem conhecer um pouco mais sobre as tartarugas marinhas através de exposição com materiais biológicos, como filhotes recém-nascidos e embriões, ovos, esqueletos e réplicas de ninho e das tartarugas marinhas adultas, além de tartarugas taxidermizadas, onde os visitantes podem ter noção do tamanho que podem chegar uma tartaruga marinha na fase adulta. No período de férias, janeiro e fevereiro, pico de nascimentos dos filhotes, podem ver filhotes em tanques.
O IPCMar recebe grupos de estudos e escolas no Centro de Educação Ambiental (CEA), com agendamento prévio. As visitas podem ser agendadas pelo nosso site, preenchendo o formulário na ABA visite ou por e-mail contato@ipcmar.com. Somente grupos grandes precisam de agendamento prévio e as visitas são gratuitas.
A abertura de ninhos é sempre uma emoção à parte, a multidão é garantida em todas as aberturas e solturas de filhotes, é um momento onde os visitantes podem acompanhar a corrida dos filhotes para o mar e conhecer um pouco do nosso trabalho de perto. A temporada reprodutiva se inicia em setembro e os filhotes começam a nascer em dezembro. Quer saber sobre abertura de ninho?! Fique ligado nas nossas redes sociais, que é por onde fazemos a divulgação das aberturas de ninho.
Todas os dias, o ano inteiro, as praias são percorridas logo ao amanhecer para identificação, registro e proteção dos ninhos de tartarugas marinhas. O período de desova se inicia em setembro e vai até março, onde todos os ninhos identificados são marcados com estacas numeradas, para que se possa ter o controle da ordem de postura e acompanhar o nascimento, além das estaca, o ninho também é cercado e instalado uma tela para evitar predação de animais e de humanos, e também evitar que pisem ou instalem cadeiras de praia e guarda-sóis sobre o ninho. Lembrando que é crime ambiental mexer em ninhos!
Essa é a parte científica e técnica do IPCMar, as capturas, as coletas e biometrias tem como objetivo identificar as áreas de alimentação desse animais, além de nos trazer dados importantes para avaliarmos o estado de conservação das espécies, com isso, podemos estudar uma parte do ciclo dos animais no mar. Geralmente escolhemos a praia do Marvila, em Anchieta no estado do Espírito Santo, para fazer as capturas intencionais. Levamos uma rede adaptada para não machucar os animais, jogamos em uma área específica e a cada 15 minutos fazemos a conferência. Capturadas, são embarcadas para o registro de dados biométricos, marcação, coleta de sangue e de tecido, ambos para análises genéticas, e depois, são devolvidas ao mar.
Além dos registros de desovas, as praias são monitoradas durante o ano inteiro e diariamente para registros de animais marinhos encalhados. Os animais encontrados com problemas de saúde são encaminhados para reabilitação e os mortos, em melhores condições, são necropsiados para identificação da causa da morte. Viu um animal marinho encalhado? Avise o IPCMar.
Parceria Técnica
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