NOSSA HISTÓRIA

Em 1995, por meio de observação de desovas de tartarugas no litoral de Anchieta, a prefeitura municipal, respaldada por um protocolo de cooperação técnica com o Centro TAMAR, iniciou os trabalhos de monitoramento das tartarugas marinhas, onde registrou a ocorrência das espécies Tartaruga-Verde (Chelonia mydas) e Tartaruga-de-Pente (Eretmochelys imbricata) usando suas águas costeiras como área de alimentação, e a Tartaruga-Cabeçuda (Caretta caretta) usando as praias das região como local de desova.
Por conta do reconhecimento do município como área de desova de tartarugas marinhas, em 1998 foi criada a Área de Proteção Ambiental (APA) Tartarugas, Unidade de Conservação Municipal (Lei 008/1998 e Decreto atual nº 3693/2011) na Praia de Guanabara, para proteção das praias e restingas onde ocorrem a desova, em função de sua importância para a conservação das tartarugas marinhas, sendo o principal sítio de desovas da espécie Caretta caretta no litoral sul do estado do Espírito Santo.
Os trabalhos de monitoramento das espécies foram realizados e, com eles, novas descobertas, desafios e criação de parcerias para proteção das tartarugas. Em 2003 o Projeto TAMAR implanta uma base em Anchieta, na Praia de Guanabara. Em 2005 a base adquire sede própria, ampliando equipe e adquirido novos equipamentos.
Em 2014, o Projeto Tamar, em função da necessidade de focar sua atuação e atividades na região norte do Espírito Santo, considerada área prioritária pela importância biológica para as espécies Tartaruga-Cabeçuda, Caretta caretta, e Tartaruga-de-Couro, Dermochelys coriacea, deixa de atuar na região.
Mas com a vontade e determinação de continuar as ações de sucesso em Anchieta, a então equipe do TAMAR que atuava localmente, com apoio técnico e infraestrutura cedida pelo Projeto TAMAR, criou uma nova instituição para dar continuidade as ações de pesquisa e conservação das tartarugas na região. Assim nasceu o Instituto de Pesquisa e Conservação Marinha (IPCMar), que vem atuando na região, desde 2014 até o presente momento desenvolvendo ações de pesquisa, conservação e manejo das três espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no litoral Sul do Espírito Santo, todas ameaçadas de extinção: Tartaruga-Cabeçuda (Caretta caretta), Tartaruga-de-Pente (Eretmochelys imbricata), Tartaruga-Verde (Chelonia mydas).