O que fazemos

Monitoramos 24 km de praias compreendidas entre os municípios de Guarapari e Anchieta, protegendo fêmeas, ninhos e filhotes da espécie da Tartaruga-Cabeçuda (Caretta caretta) e também juvenis da Tartaruga-Verde (Chelonia mydas) e Tartaruga-de-Pente (Eretmochelys imbricata), todas ameaçadas de extinção.

No mar, nas áreas de alimentação, realiza trabalho de captura intencional das tartarugas marinhas com objetivo a marcação e estudo de biometria, crescimento, padrões migratórios, perfil hematológico e bioquímico, avaliação da abundância relativa e condição de saúde das tartarugas verdes (Chelonia mydas) que utilizam a área estudada.

Realizamos ações permanentes de sensibilização e educação ambiental no centro de visitantes, Centro de Educação Ambiental (CEA) e fora dele, com usuários de praias, moradores, escolas, pescadores e turistas sobre a importância da conservação das tartarugas marinhas e suas áreas de alimentação e desova para que possam garantir sua sobrevivência.

Finalidades

  1. Conservação e pesquisa da biodiversidade e ambientes costeiros e marinhos;
  2. Desenvolvimento de programas de educação e sensibilização ambiental;
  3. Resgate e reabilitação de animais marinhos;
  4. Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável através da capacitação e geração de trabalho e renda para comunidades costeiras;
  5. Instituir bolsas de estudo, estágios ou auxílios a pesquisadores e/ou colaboradores;
  6. Apoiar o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre os ambientes marinhos e costeiros e a capacitação de estudantes e profissionais de áreas afins.

Educação Ambiental

O IPCMar realiza ações de educação ambiental no Centro de Educação Ambiental (CEA) e fora dele, com o público usuário das praias e crianças da comunidade dentro do Projeto “Aprendendo com os Animais Marinhos”. No CEA possui um espaço para recepção de visitantes, escolas e para realização de atividades de educação ambiental com as crianças, onde elas podem assistir vídeos educativos sobre as espécies marinhas e outros temas de meio ambiente, conhecer a importância da conservação dos animais e de seus habitats, onde também podem realizar atividades de pintura e leitura. Nessas atividades todos da família podem participar, ajudando a desenvolvendo a consciência ambiental nas crianças. No Projeto “Aprendendo com os Animais Marinhos” onde são ministradas aulas de standup e mergulho livre para as crianças associadas as aulas de educação e sensibilização ambiental.

Conhecimento sobre as espécies

No Centro de Educação (CEA) do IPCMar os visitantes podem conhecer um pouco mais sobre as tartarugas marinhas através de exposição com materiais biológicos, como filhotes recém-nascidos e embriões, ovos, esqueletos e réplicas de ninho e das tartarugas marinhas adultas, além de tartarugas taxidermizadas, onde os visitantes podem ter noção do tamanho que podem chegar uma tartaruga marinha na fase adulta. No período de férias, janeiro e fevereiro, pico de nascimentos dos filhotes, podem ver filhotes em tanques.

Recepção de grupos e escolas

O IPCMar recebe grupos de estudos e escolas no Centro de Educação Ambiental (CEA), com agendamento prévio. As visitas podem ser agendadas pelo nosso site, preenchendo o formulário na ABA visite ou por e-mail contato@ipcmar.com. Somente grupos grandes precisam de agendamento prévio e as visitas são gratuitas.

Abertura de ninhos

A abertura de ninhos é sempre uma emoção à parte, a multidão é garantida em todas as aberturas e solturas de filhotes, é um momento onde os visitantes podem acompanhar a corrida dos filhotes para o mar e conhecer um pouco do nosso trabalho de perto. A temporada reprodutiva se inicia em setembro e os filhotes começam a nascer em dezembro. Quer saber sobre abertura de ninho?! Fique ligado nas nossas redes sociais, que é por onde fazemos a divulgação das aberturas de ninho.

Marcação e sinalização de ninhos

Todas os dias, o ano inteiro, as praias são percorridas logo ao amanhecer para identificação, registro e proteção dos ninhos de tartarugas marinhas. O período de desova se inicia em setembro e vai até março, onde todos os ninhos identificados são marcados com estacas numeradas, para que se possa ter o controle da ordem de postura e acompanhar o nascimento, além das estaca, o ninho também é cercado e instalado uma tela para evitar predação de animais e de humanos, e também evitar que pisem ou instalem cadeiras de praia e guarda-sóis sobre o ninho. Lembrando que é crime ambiental mexer em ninhos!

Capturas intencional em meio marinho

Essa é a parte científica e técnica do IPCMar, as capturas, as coletas e biometrias tem como objetivo identificar as áreas de alimentação desse animais, além de nos trazer dados importantes para avaliarmos o estado de conservação das espécies, com isso, podemos estudar uma parte do ciclo dos animais no mar. Geralmente escolhemos a praia do Marvila, em Anchieta no estado do Espírito Santo, para fazer as capturas intencionais. Levamos uma rede adaptada para não machucar os animais, jogamos em uma área específica e a cada 15 minutos fazemos a conferência. Capturadas, são embarcadas para o registro de dados biométricos, marcação, coleta de sangue e de tecido, ambos para análises genéticas, e depois, são devolvidas ao mar.

Registro de encalhe de animais marinhos

Além dos registros de desovas, as praias são monitoradas durante o ano inteiro e diariamente para registros de animais marinhos encalhados. Os animais encontrados com problemas de saúde são encaminhados para reabilitação e os mortos, em melhores condições, são necropsiados para identificação da causa da morte. Viu um animal marinho encalhado? Avise o IPCMar.